O Porto Central, empreendimento em construção em Presidente Kennedy (ES/Brasil), avança nas obras da Fase 1 com os trabalhos de preparação, extração e formação de um estoque estratégico de rochas na pedreira localizada a 26 quilômetros do porto. Em seguida, esse material será transportado até o canteiro de obras para ser utilizado na construção do quebra-mar sul, estrutura que garante a proteção das embarcações que irão operar no porto. A atividade de exploração da pedreira está autorizada na Licença do IEMA nº 90175018, com o transporte autorizado pela Licença de Instalação IBAMA nº 1436/2023.
Os testes de extração estão sendo realizados com sucesso. As rochas estão sendo retiradas da jazida seguindo padrões técnicos de extração e protocolos ambientais e de segurança. A primeira etapa é o decapeamento, que consiste na remoção da camada superficial do solo. Esse material será reaproveitado nas atividades de regularização e nivelamento do solo na área do porto.
Na sequência, tem início a etapa de perfuração e desmonte, em que a rocha é fragmentada por meio da realização de furos em locais estratégicos. As rochas extraídas, em diversos tamanhos conforme sua aplicação, serão estocadas na pedreira para depois serem transportadas por caminhões até uma área reservada dentro do canteiro de obras do porto. Lá, ficarão armazenadas de forma organizada para serem utilizadas na construção do quebra-mar.
Para minimizar impactos, o transporte seguirá um plano logístico previamente definido, com monitoramento dos veículos, comunicação constante com as autoridades de trânsito, capacitação dos motoristas e ações de educação socioambiental com os trabalhadores e comunidades próximas.
Ao término de toda a exploração da pedreira, a área passará por um projeto de recuperação ambiental, com recomposição vegetal e estabilização do solo, seguindo exigências do IEMA e aprovação da prefeitura municipal de Presidente Kennedy.
Paralelamente à operação da pedreira, seguem as obras na área do porto para a instalação do canteiro de obras e da central de fabricação de produção de elementos de concreto. Assim como, as ações ambientais no viveiro de mudas, no plantio compensatório das espécies nativas e no resgate da fauna silvestre. Ainda, em preparação ao início de obras marinhas, segue sendo realizado o programa de monitoramento do desembarque pesqueiro e planejamento para execução do Plano de Compensação da Atividade Pesqueira (PCAP). Na sequência, as próximas etapas envolvem a dragagem do canal de acesso e a construção do quebra-mar.
O Porto
O complexo industrial portuário completo abrange uma área de 2.000 hectares, com profundidade de até 25 metros e 54 berços multipropósitos planejados para movimentação de granéis líquidos e sólidos, fertilizantes, minerais, grãos, contêineres, cargas gerais, gás natural, apoio offshore e estaleiros, entre outras cargas. O Porto Central será implantado por fases, de acordo com a demanda dos clientes e do mercado.
A Fase 1 inclui a construção de um terminal de granéis líquidos de águas profundas, voltado ao transbordo de petróleo entre navios (“Ship-to-Ship” – STS), com operação prevista para 2027.
No pico das obras da Fase 1, devem ser empregados até 1.295 trabalhadores diretos. O Porto tem o compromisso de priorizar a contratação de mão de obra e fornecedores locais.
O Porto Central é um dos projetos estratégicos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, com a expectativa de impulsionar o desenvolvimento do Espírito Santo, ampliar a infraestrutura logística do país e atrair novos investimentos associados ao setor portuário.